A mãe do meu Ex me convidou para o casamento dela, mas quando cheguei, percebi que era tudo uma armadilha

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Quando a mãe do ex-namorado de Hayley a convida para desenhar um vestido de noiva para o grande dia dela, parece estranho, mas nada a preparou para a verdade. O que se segue é uma confissão, uma segunda chance para o amor e uma surpresa que ela nunca esperou. Às vezes, a vida nos dá os reviravoltas mais inesperadas…

Já fazia três anos que Adam e eu terminamos, mas eu ainda não conseguia tirá-lo da cabeça. Cinco anos de amor não desaparecem de uma hora para outra. O término repentino dele foi como um soco no estômago, sem explicação, sem fechamento, apenas silêncio.

Então, cerca de um ano atrás, ele começou a namorar ela. Minha antiga amiga, Miranda. Se a traição tivesse um rosto, seria o dela, estampado nas redes sociais com legendas dos dois:

Quando você sabe, você sabe e A melhor coisa que já me aconteceu!

Disse a mim mesma para bloqueá-la, para parar de olhar, mas eu não consegui. Cada foto, cada sorriso, cada comentário sobre o “amor eterno” dela parecia sal em uma ferida aberta.

Eu nunca parei de amá-lo. Essa é a triste e honesta verdade. Patética, eu sei. Mas desde então, não consegui namorar ninguém.

Então, quando a mãe de Adam, Lena, me ligou do nada no mês passado, pensei que estivesse alucinando.

Nunca nos demos muito bem. Ela sempre foi educada, mas distante, como se estivesse me avaliando e sempre achando que me faltava algo.

Depois do término, eu achei que nunca mais ouviria dela. Mas lá estava ela, do outro lado do telefone, com uma voz estranhamente acolhedora.

“Oi, querida,” ela disse. “Eu sei que isso pode ser inesperado, mas tenho um favor para te pedir, Hayley.”

Lena me contou que estava se casando. Casando! E queria que eu desenhasse o vestido de noiva dela. Ela se empolgou dizendo que eu havia me tornado uma das costureiras mais requisitadas da cidade.

“Eu sempre admirei o seu trabalho, Hayley,” ela disse suavemente. “E confio em você. Sei que você criaria algo perfeito só para mim.”

Confiança? Admiração?

Da Lena?

Eu quase deixei o telefone cair. Não conseguia entender que jogo ela estava jogando. Meus instintos gritavam para eu dizer não, para desligar e bloquear o número dela. E realmente, terminar com toda aquela família.

Mas ela implorou. E como eu poderia dizer não? Ela disse que ninguém mais poderia fazer um vestido que fizesse justiça ao seu corpo e à sua idade, e que seria eternamente grata.

“Ninguém mais vai fazer algo que se ajuste à minha idade e ao meu corpo! E fazer algo digno de um sonho, Hayley. Por favor?”

Não sei por que disse sim. Talvez houvesse uma parte de mim que queria se sentir próxima de Adam novamente. Ou talvez eu simplesmente não conseguisse resistir à curiosidade me consumindo.

De qualquer forma, eu aceitei.

Nas semanas seguintes, me dediquei ao vestido. O tecido era como nuvens fiadas, suave e etéreo, com delicados bordados ao longo do corpete. Fiquei acordada até tarde aperfeiçoando cada ponto. Lena queria um vestido de renda que a fizesse se sentir como uma princesa.

“Eu sei que é tolice, querida,” ela disse. “Quando casei com o pai de Adam, há anos, usei um vestido branco sem forma, que não fez nada pelo meu corpo. Quero viver o meu vestido de noiva dos sonhos agora.”

Lena me deu suas medidas, e curiosamente, elas eram iguais às minhas.

Tentei não pensar nisso. Mas não era surpresa. Durante todo o tempo que estive namorando Adam, Lena estava sempre fazendo Pilates, yoga ou nadando com suas amigas.

Chegou o dia do casamento. Coloquei o vestido em um saco de roupa, carreguei-o cuidadosamente no meu carro e fui para o local. Era uma linda propriedade rural escondida, como algo saído de um conto de fadas.

Se algum dia me casasse, eu poderia ver esse lugar como uma opção.

No momento em que cheguei, uma sensação de desconforto se formou no meu estômago.

Algo está errado, pensei. Mas ignorei.

Com o saco de roupa nas mãos, entrei. Música suave flutuava no ar, e os convidados circulavam em ternos e vestidos, com risadas baixas. Mas então eu vi.

Um enorme banner perto do altar, brilhando sob a luz suave.

Exibia os nomes do casal que estava se casando.

Congelei ali.

Não era o nome de Lena.

Era o nome de Adam. E o meu.

Bem-vindos ao casamento de Adam & Hayley

Eu pisquei, minha mente deu um curto-circuito. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia explodir.

“O que… o que é isso?” murmurei em voz alta.

“Hayley,” uma voz disse atrás de mim.

A voz dele, a voz de Adam, me fez pular. Me virei, e lá estava ele.

Adam.

Ele parecia mais velho, com o maxilar mais definido, os olhos mais suaves. Mas não estava sorrindo. Ele apenas ficou ali, com as mãos ao lado, olhando para mim como se eu fosse a única pessoa na sala.

“O que é isso?” eu perguntei, minha voz tremendo. “Por que o meu nome está nesse banner? O que está acontecendo?”

Ele deu um passo lento em minha direção, arrependimento estampado no rosto.

“Por favor, só me deixe explicar.”

Eu queria gritar. Queria correr. Mas não conseguia me mover.

“Você tem dois minutos,” eu disse, cruzando os braços com força sobre o peito.

Ele respirou fundo.

“Três anos atrás, eu cometi o maior erro da minha vida.”

É, sem brincadeira, eu pensei amargamente, mas fiquei em silêncio.

“Eu ia te pedir em casamento, Hayley,” ele disse. “Eu tinha o anel. Tinha tudo planejado. E então… ela me mostrou algo.”

“Ela?” murmurei, já sabendo quem era.

“Sua… minha ex. Miranda,” ele desviou o olhar, a voz embargada de arrependimento. “Ela me mostrou um vídeo de vocês nas férias. Na Tailândia, eu acho. E você estava bebendo e dizendo que não queria ter filhos. Ela me disse que era recente, que você estava mentindo para mim sobre querer ter uma família. Especialmente comigo. Isso me destruiu, Hayley. Eu pensei que não te conhecesse de verdade.”

O ar saiu dos meus pulmões. Eu me lembrei do vídeo. Foi há anos, estávamos em uma viagem com as meninas, e eu estava desabafando depois de uma briga bêbada com alguém que assumiu que todas as mulheres tinham que querer filhos. O mesmo homem que fez com que a esposa dele cuidasse das crianças enquanto ele bebia cerveja na praia.

Não tinha nada a ver com Adam e sim com o desejo de ser ouvida.

“Você não pensou em me perguntar?” eu engasguei. “Você não pensou que poderia ter tirado cinco minutos para me perguntar sobre esse vídeo?”

“Eu sei, Hayley,” ele disse, balançando a cabeça. “Eu fui estúpido. Eu estava vulnerável, e ela entrou na minha cabeça. Eu acreditei em Miranda. Acreditei em tudo o que ela disse. E te deixei ir. Então ela admitiu a verdade.”

“O quê?” eu gaspei.

“Meses atrás. Ela vacilou durante uma briga. Me disse que o vídeo era antigo, e ela sabia que eu iria reagir mal. Ela disse que me queria para ela mesma e não aguentava ver que você me tinha.”

Lágrimas surgiram nos meus olhos. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Ela destruiu tudo o que tínhamos, e ele deixou.

“Eu terminei com ela naquela noite,” ele continuou. “E passei todos os dias desde então tentando descobrir como corrigir isso. Como te reconquistar.”

Eu balancei a cabeça, ainda completamente sobrecarregada.

“E isso?” eu gesticulei ao redor. “O que diabos é isso?”

Os lábios dele se curvaram em um pequeno sorriso nervoso.

“Isso é eu não esperar mais…”

Adam tirou algo do bolso e pegou uma pequena caixa de veludo preto. Então ele se ajoelhou.

“Hayley, eu te amo. Nunca parei de te amar. Sei que não mereço o seu perdão, mas estou pedindo mesmo assim. Você casa comigo? Aqui e agora?”

Eu o encarei, o mundo girando ao meu redor. Então, do nada, me veio a percepção.

Lena.

Ela planejou isso. Ela me pediu para fazer o vestido porque sabia.

E a verdade? Eu ainda o amava.

Então, sussurrei minha resposta.

“Sim, Adam.”

Lena apareceu quase imediatamente, carregando flores e sorrindo como uma mulher que acabou de dar o golpe do século.

“Você disse sim!” ela exclamou, me abraçando apertado. “Sinto muito por como te tratei antes, Hayley. Não percebi o quanto você significava para Adam até ser tarde demais. Obrigada por dar a ele uma nova chance.”

Os estilistas e maquiadores pareciam aparecer do nada. Meus pais chegaram, parecendo tanto atônitos quanto felizes. Ninguém sabia se eu diria sim, mas todos estavam prontos.

Eu vesti o vestido que fiz com minhas próprias mãos, percebendo que ele havia sido feito para mim o tempo todo.

Quando Adam e eu ficamos juntos no altar, a mão dele na minha, senti algo que não sentia há anos.

Paz.

Depois da cerimônia, a multidão diminuiu, e a música tocava suavemente ao fundo. Eu estava na varanda do local, o ar fresco da noite resfriando minhas bochechas coradas.

Minhas mãos descansavam no parapeito enquanto eu olhava para o horizonte, tentando processar tudo o que acontecera.

“Oi.”

A voz de Adam veio de trás de mim. Eu me virei e o vi ali, a gravata afrouxada, o suave brilho das luzes de corda tornando os olhos dele ainda mais quentes.

“Oi,” eu disse suavemente, meu sorriso pequeno.

Ele se aproximou de mim, o braço dele esbarrando no meu enquanto nós dois olhávamos para a noite.

“Você está bem?” ele perguntou.

Soltei uma risada suave, balançando a cabeça.

“Eu nem sei o que sou agora. Feliz? Sobrecarregada? Ainda esperando alguém gritar ‘Páscoa!’?”

Ele riu, o olhar suavizando.

“É real, Hayley. Eu prometo.”

Caímos em silêncio por um momento antes que ele falasse novamente, com um tom mais sério.

“Eu não mereço isso. Você. Sei que errei. Deixei que as mentiras de outra pessoa destruíssem algo lindo, e me odiei por isso todos os dias desde então.”

Eu me virei para ele, o coração apertado.

“Você deveria ter falado comigo, Adam. Eu teria te contado a verdade. Você me magoou muito quando foi embora.”

O rosto dele se contorceu só um pouco, o maxilar rígido.

“Eu sei. E vou passar o resto da minha vida tentando corrigir isso, se você deixar.”

Eu o olhei por um longo momento, procurando algum sinal de dúvida, qualquer hesitação.

Mas não havia nenhum.

“Eu estou aqui, não estou?” eu sussurrei.

Os lábios dele se curvaram em um sorriso, uma mistura de alívio e amor.

“Sim, você está,” ele disse.

Ele segurou minha mão e beijou minhas juntas, ficando ali por um momento.

“Desta vez, eu vou acertar.”

Eu sorri de volta, a verdade se instalando fundo no meu peito.

“Desta vez, nós acertaremos.”

“Vem, amor. Vamos pegar um pedaço de bolo e champanhe.”

Mas antes de sairmos da varanda, ele me puxou para os braços, e pela primeira vez em anos, eu senti que estava exatamente onde deveria estar.

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